O que astronomia solar tem a ver com voce?

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Como os primeiros navegadores usavam os astros para se localizarem?

Com o avanço das viagens atlânticas e a necessidade de outro método de orientação para percursos de vários dias e semanas em pleno oceano desenvolveu-se a navegação astronômica, baseada na observação dos astros.
Durante o dia guiavam-se pelo sol e para observá-lo os navegadores modernos traçavam duas linhas imaginárias: a primeira ia do marinheiro até o sol, e a segunda, do marinheiro até o horizonte. A medida do ângulo entre essas duas linhas fornecia a latitude. O grande problema era conseguir medir o ângulo com precisão. Muito esforço foi dedicado para inventar e aperfeiçoar instrumentos que facilitassem essas medições. Alguns instrumentos náuticos, conhecidos desde a Antigüidade, legados pelos árabes à Europa, foram então aperfeiçoados pelos navegadores portugueses, como é o caso da bússola, do astrolábio, da balestilha, da ampulheta e do quadrante. À noite, os navegadores usavam a Estrela Polar como a mais importante referência celeste para orientação. Apesar de pálida e de poder ser vista só do Hemisfério Norte, ela tinha a vantagem de localizarem-se exatamente acima do pólo norte. Sem  saber a razão, os navegadores aprenderam que, quando a Estrela Polar estava no horizonte, eles estavam no Equador; quando ela aparecia a 39 graus, eles se encontravam a uma latitude de 39 graus; quando aparecia a 23 graus, eles estavam a uma latitude de 23 graus, e assim por diante.
As chamadas "grandes navegações" prolongaram-se por mais de cem anos, desde a conquista de Ceuta, em 1415. Elas envolveram um enorme número de viagens que, aos poucos, foram conquistando espaços novos para os portugueses e espanhóis. Enfrentar os oceanos foi tarefa que exigiu muitos conhecimentos. Dependeu de progressos anteriores na construção náutica, na cartografia, na astronomia, na matemática, nos primeiros instrumentos náuticos. Dependeu da formação de uma mentalidade moderna, voltada para o conhecimento, a experiência e a valorização da técnica e da ciência, em busca de novos horizontes econômicos e culturais.

Referências bibliográficas:










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